A ovoidização é o processo pelo qual o espírito
desencarnado, após vários processos de degeneração da forma perispiritual, toma
a forma ovalar, que representa uma espécie de "casulo", um invólucro para
a consciência em último estágio, antes da perda definitiva de seu corpo
perispíritco, ou da segunda morte.
Quando a consciência entra num processo
de estagnação, devido a uma grave crise interna, causada por uma grande dose de
remorso, inicia uma espécie de circuito fechado de pensamentos e emoções, de
culpas e de auto-punições. Para se chegar ao estado de ovóide, é necessária que
a dor da culpa seja tão imensa a ponto da propria consciência se enclausurar,
como se ela própria se aprisionasse dentro de um "ovo" astral, onde
constantemente rememora seus débitos para com a humanidade e a vida, numa
espécie de monodeísmo autodestrutivo. Pune-se ao ponto de desejar destruir-se
como consciência e perder sua existência imortal.
Este "ovo", ou
"casulo", é a representação dos restos do corpo espiritual, cuja
forma está em via final de deteriorização. Progressivamente, enquanto a
consciência vai perdendo a sua forma humana, este despojo residual vai formando
em volta do corpo mental uma espécie de capa ou invólucro, dentro do qual então
hiberna a espírito refém de si mesmo. A forma ovóide é um corpo mental doente,
embora guarde na memória os registros de todos os órgãos de exteriorização de
sua personalidade, de forma análoga ao registro do DNA na formação de um corpo
físico.
Na maioria dos casos estes espíritos
infelizes não tem consciência do que lhes ocorre, mas isso dependerá em muito
do desenvolvimento intelectual e da atividade mental do indivíduo que se
projeta neste estado ovoidal. Imersos em suas culpas, punem-se mentalmente, o
que acarreta a perda da forma perispiritual. Porém, mesmo neste estado, há
espíritos de grande atividade mental e intelectual que, mesmo perdendo a forma
humana, conservam sua capacidade de raciocinar e agir, embora de forma fragmentada
e algo reduzida.
Antes de se tornar um ovóide, o
espírito passa por um estágio conhecido como zumbificação. Ainda detentor de
certa lucidez, assiste a cada detalhe da perda progressiva de sua forma humana,
e instintivamente, possui impulsos que o levam a tentar reassumir sua forma que
se esvai aos poucos. Como não reúne condições de mantê-la por si mesmo, tenta
se apossar de outros seres, como se fosse um zumbi. Arrasta-se pelo solo astral
sem nenhum impulso consistente de modificar-se interiormente, e, antes de se
converter em ovóide, o espírito se contorce, geme, rasteja e vai se
extinguindo, semelhante a um ataque epilético de longa duração, até que enfim
sucumbe pelo peso da própria rebeldia e culpa.
Num estágio mais avançado de
transfiguração da forma espiritual, as funções vitais do perispírito são
temporariamente suspensas, e todos os impulsos e experiências passam a ser
vinculadas ao corpo mental, e por ele dirigidas, ainda que este também
apresente certa degeneração, devido obviamente à condição anormal em que se
encontra. Após a segunda morte, o
veículo de manifestação da consciência passa então a ser apenas o corpo mental
degenerado.
Estes despojos de matéria que são desprendidos do perispírito, quando,
em seus vários estágios, vai perdendo a sua forma perispiritual, são
reabsorvidos pela natureza e pelo ambiente do plano astral, da mesma forma que
ocorre quando da perda do corpo físico, cuja matéria e energia putrefadas vão
novamente sendo reabsorvidas pela natureza e pelo ambiente material. Essas
energias voltam a ser fluido vital e serão reaproveitadas em outras
construções.
A transmutação do corpo espiritual em ovóide se dá
de forma lenta, e não imediata ou direta. São raros os casos em que isto
ocorre. Ao longo de todo o processo, irá adquirindo outras aparências, em
etapas graduais de degeneração, até chegar à forma ovóide. Existem casos em que
o organismo sofre uma espécie de implosão, por meio de interferências de origem
externa, como a hipnose. Alguns espíritos obsessores, como magos negros e
cientistas, ao aprisionarem seres de suas dimensões equivalentes, utilizam-se
de técnicas hipinóticas premeditadas, que rapidamente induzem o espírito a
transformar-se em ovóide.
Até a perda definitiva do corpo
perispiritual, este invólucro ou ovo será ainda um descarte provisório da forma
humana, que durará o tempo exato em que a consciência permanecer em estado
crítico de circuito fechado, até que se imbuia de vontade para corrigir-se e
empenhar-se novamente em seu percursso evolutivo. Na esmagadora maioria dos
casos, porém, as causas da degeneração espiritual podem ser divididas em tres
categorias básicas:
1. Inexperiência
espiritual:
espírito primitivo que desconhece por completo a vida após a morte. Ao se ver
no plano astral, desenvolve um profundo medo de desconhecido, e retira-se do
convívo com os outros seres deste plano, mantendo seus pensamentos
cincunscritos à vida material perdida, como se se mantivesse constantemente
numa forma de transe pós-morte. A fixação neste padrão de pensamentos acaba
comprometendo a estabilidade do corpo perispiritual. Com a crise interna
estabelecida, suas emoções e pensamentos ficam confinados a um circuito
fechado, que, com o tempo, o levará progressivamente à perda da forma humana.
Sem estímulos, os órgãos psicossomáticos se atrofiam, e lentamente vão
modificando suas formas e funções até retraírem-se dentro de uma forma oval.
2. Emoções
e Pensamentos Doentios ou Vingativos: é o Monodeísmo
causando a involução da forma, num processo de autohipnose sujeito à própria força
mental da fixação numa só idéia e pensamento permanente. À medida em que o
estado íntimo de desequilíbrio vai se instalando, o corpo perispiritual vai se
decompondo gradativamente. Estes ovóides, em geral, se fixam nas auras daqueles
com os quais mantêm afinidade vibracional, causando em ambas as mentes –
hospedeiro e parasita – um círculo vicioso de culpa, ódio, remorso e vingança.
3. Grandes
Vilanias:
espíritos que causaram crimes hediondos contra a humanidade, e depois não
suportam o visão e a lembrança das atrocidades cometidas em desfavor do
progresso, transformando-se em espíritos dementes, sob o peso da imensa culpa e
do remorso destruidor.
Atormentados com a agressividade e a crueldade de sua
própria alma, fecham-se num monodeísmo enfermiço e na hipnose dos sentidos,
causando a retração dos órgão perispirituais, tal como no segundo caso acima.
Em outro processo, este espíritos vilões da humanidade também podem ser
degenerar, não pelo remorso ou pela culpa, mas pela recusa em reencarnar,
detendo o progresso que fatalmente obteriam, caso reencarnassem. Preferindo
manter-se nesse estado íntimo de ferocidade, fogem indefinidamente às
encarnações. Devido á atração inevitável da gravidade terrestre, os tecidos do
corpo etérico se degradam vagarosamente, em etapas, modificando-se
sensivelmente ao longo do tempo. Tendo suas ações restringidas por este
processo, muitos recorrem à ciência astral ou aos recurso da magia, erguendo à
sua volta poderosos campos magnéticos de contenção molecular, neutralizando até
certo ponto o impulso da desagregação molecular de seu psicossoma. Ou, como
alternativa, tentam compor uma espécie de corpo artificial, com o qual passam a
agir entre seus semelhentes, assim que a situação de seu psicossoma se torna
gravemente insustentável. Porém, de nada adiante burlar a Lei. Somente através
da reencarnação é que o espírito que perdeu sua forma fisica espiritual poderá
plasmá-la novamente, de forma duradoura.
Quando o espírito que se encontra em
estado ovóide, ao contrário, apresenta condições de retroceder em sua marcha
autodestrutiva, será reconduzido a um útero, físico ou espiritual, ou mesmo
será encaminhado a sessões mediúnicas para o processo da incorporação, a fim de
receber o choque vibratório ou anímico que fará com que desperte novamente em sua consciência as lembranças de seu
antigo corpo e de suas potencialidades esquecidas. Porém, a maior parcela da
recuperação dos ovóides ocorre no plano astral e nas reencarnações sucessivas.
No que tange à gravidez espiritual,
ocorre, em linhas gerais, o seguinte: os espíritos que já possuem condições de
serem ajudados passam por uma redução de sua forma ovóide, e são acoplados ao
útero extrafísico de um espírito mulher. Haverá então um acoplamento áurico
entre ambos. A matriz do útero materno perispiritual, em conjunto com os
modelos mentais da mãe desencarnada, irá reagrupar as energias da natureza,
moldando novamente a forma humana ao ovóide acoplado a seu corpo espiritual.
Após o contato com o útero materno, o processo se torna automático. O corpo
mental do ovóide acoplado ao útero da mãe espiritual é desperto pelo choque
anímico, elaborando em conjunto com o órgão reprodutor que o abriga, um
perispírito completamente novo, adequado às necessidades de seu espírito.
Assim, como na gestação do plano material, irá capacitar o espírito a manter a
conformação física do psicossoma recém-formado. O útero materno, tanto no plano
físico como no extra-físico, é um potente transformador de energias, vivo e
atuante, perfeitamente capaz de transubstanciar elementos sutis, devolvendo a
configuração humana àqueles que a perderam. Nesse processo, a mãe desencarnada
não vai parir um novo espírito, apenas auxiliar na recosntiuição de uma forma
humana que de dissipou, com as energias que porta em sua matriz uterina. São
escolhidas para tal tarefa, recentes mães desencarnadas. Este fenômeno, embora
possa causar estranheza a princípio, não é raro de ocorrer.
Após a reconstituição do corpo
perispiritual, aí sim serão reconduzidos a um útero de uma mãe encarnada, na
reencarnação necessária à correção deste espírito autodestrutivo. Ao compor as
células de um novo corpo material, irá consolidar a configuração construída no
plano astral. Muitas vezes, estes espíritos passam de forma muito ligeira pela
vida material, para novamente retornar ao plano espiritual, se ocupando com
afinco da reeducação de seus comportamentos e pensamentos, visando futuras
reencarnações corretivas.
Em alguns casos de gravidez
psicológica, observa-se que foram vinculados ao corpo materno espíritos
ovóides. Sem necessidade de haver união dos sexos, um ou mais espíritos são
ligados ao corpo da suposta mãe, apenas para se exporem à repercurssão
vibratória causada por um perispírito e um corpo humano saudável. Essa
experiência tem por finalidade a tentativa de estimular a criação perispiritual
de um espírito necessitado, através do choque anímico, além da obtenção da
colaboração do psiquismo da mãe na elaboração de um novo corpo.
Existem porém casos em que o espírito
ovóide, ao ser resgatado, pode levar dezenas de anos até reconquistar
definitivamente a aparência humana. Na hipótese de um espírito que vive na
condição ovóide apresentar maturidade para assumir novamente a forma humana,
tal caso irá requerer internamento em clínicas especializadas dos Planos
Superiores, onde poderá ficar imerso em substâncias de elementos sutis por
longo tempo, até a restituição parcial de seu corpo espiritual. Esse material
tem a propriedade de absorver elementos tóxicos insalubres aderidos à sua
forma, para que não coloque em risco o corpo da mãe encarnada em que será
acoplado, devido à baixíssima vibração de seus corpos astrais. Para a
reconstituição definitiva, porém, será necessária a reencarnação, pois somente
assim recuperará a forma em caráter duradouro, podendo raciocinar com mais
lucidez a respeito dos próprios valores, atos e consequências.
É importante nos precavermos quanto à
periculosidade que essas entidades representam. Transformam-se em vampiros
astrais, buscando seres com os quais possam estabelecer sintonia, no processo
conhecido como simbiose. No quadro das obsessões complexas, são muitas vezes
utilizados por espíritos obsessores, que os colhem no ambiente astral,
enxertando-os nos corpos espirituais de suas vítimas, com diversas intenções,
ou mesmo em experiências laboratoriais de enxerto mental em cascões, ou
confeccção de computadores orgânicos (formados pela associação e conexão
energética de diversas mentes ovóides).
Algumas doenças e sintomas específicos podem estar associados à presença de ovóides acoplados à nossa aura ou inseridos nos corpos sutis. Dentre eles destacamos:
1- Depressão: a tristeza profunda quando gerada pela culpa ou pelo remorso pode estar associada à presença de ovoides no campo áurico, mais propriamente na região dos chacras superiores.
2- Apatia: o desânimo, a fraqueza, a falta de motivação, e a "entrega" em relação à vida são sintomas associados à presença de ovóides na região inferior do campo áurico, ligados aos chacras que regem os corpos mais densos: Básico, Sexual, Plexo Solar, Esplênico.
3- Agressividade: comportamentos agressivos, principalmente os associados à crueldade implícita. Neste casos, é comum que alguns ovoides - mentes desregradas no mau uso do livre-arbítrio e sagazes em seus propósitos - estejam acoplados à uara do corpo mental, em associação simbiótica. Causam uma espécie de hipnose, onde claramente o sujeito muda radicalmente seu comprotamnetos,aparenta estar totalmente controlado por algo externo a si. Muitos dignósticos de bipolaridade estão associados à presença insalubre de ovoides no corpo mental.
4- Câncer e tumor: Em agumas ocasiões, quando nossa tela áurica é rompida devida aos excessos emocionais, este ovoides podem penetrar em nosso corpo etérico, alojando-se a determinados órgãos, associados ao tipo de emoção daninha que é projetada. Devido á sua toxidade extrema, contaminam este órgão, levando com o decorrer do tempo, à sua degeneração, podendo causar até mesmo câncer e tumor.
5- Enfraquecimento dos órgãos: Muitas vezes o mau funcionamento, ou mesmo a paralisia de alguns órgãos está associado à presença de ovoides acoplados a eles, já que são vampiros energéticos que se alimentam de determinada energia mental e emocional proferida. Quando esta energia, por necessidade kármica é drenada para algum órgão específico, podemos atrair esse tipo de parasitismo em algum órgão específico.
Em nossos atendimentos, temos visto mais comumente a presença de ovoides localizados no baço, no pâncreas e no fígado, visto que estes órgãos são filtros emocionais para sentimentos de raiva, agressividade, tristeza e melancolia, regidos pelos chacras esplênico e hepático, controladores tantos dos estados emocionais como da vitalidade física.
Muito comum também é encontrarmos mulheres com dificuldade de engravidar que tenham alojados em seu útero perispiritual a presença de vários ovoides. Atraídos muitas vezes pelo remorso, a grande maioria destas mulheres já realizou algum aborto anterior, gerando um posterior sofrimento devido ao arrependimento tardio. Isto ocorre mesmo quando o aborto foi realizado em vidas passadas, comprometendo todo o sistema reprodutor e criando um karma com a questão da reprodução em vidas posteriores. Muitas das más-formações fetais podem estar associadas á presença de ovoídes no útero persipiritual, pois, se não impedem a fecundação, irão contaminar todo o processo da gestação causando deformações no processo de formação do feto.
A detecção destes ovóides só pode ser realizada, por enquanto, através da vidência e da clarividênia. A remoção dos ovóides requer muita cautela, devido á extrema sensibilidade destas almas sofredoras, que devem ser imediatamente encaminhadas para um local especializado neste tipo de atendmento no plano espiritual. Também podem ser remviados através da incorporação mediúnica, mas é um processo bem delicado. Aós sua remoção, deve-se limpar bastante a região, que fica apodrecida e bem ferida no local onde ficou alojado o ovoide, e abastecê-la energeticamente por bastante tempo, processo que será descrito em próxima postagem.
Não devemos desprezar estes contágios energéticos que minam nossa saúde e equilíbrio. Enquanto a medicina desprezar estas causas, continuaremos tratando os sintomas e prorrogando a nossa cura.
POR CRISTINA LESSA CEREJA