Tudo
na vida é expressão do espírito imortal. Toda representação material é
necessária ao espírito como instrumento, ou aparelhagem utilizada pelo
psiquismo em sua construção rumo à perfeição, à expressão única e total do ser,
ou à síntese Divina. Em nosso plano ou esfera física e tridimensional, o Homem
é a sua manifestação mais evoluída. Necessitamos, portanto, de veículos, ou
corpos compatíveis com os planos existenciais, para manifestar nossa
consciência, e para nos relacionar no mundo entre as diversas dimensões dentre
as quais atuamos.
Todo
espírito imortal, em sua escalada evolutiva, vivencia suas experiências
pessoais numa enorme variedade de encarnações, em diferentes e diversos planos
e planetas, adequados à sua necessidade momentânea de aprendizado. Adquire
dessa forma uma série de crenças, conteúdos, hábitos e comportamentos que
afetam profundamente o seu psiquismo. Tal bagagem ancestral pode ser dividida simploriamente
em atributos negativos e positivos, obedecendo às particularidades próprias da
consciência eterna.
Dentre
os hábitos e conteúdos negativos estão as nossas fraquezas de caráter, que por
sua vez estão relacionadas a sistemas de crenças negativas, adquiridas nesta ou
em outras existências. São, portanto, kármicas.
Através
da mente e do intelecto, o ser plasma, tanto o seu próprio ambiente, quanto seu
aspecto emocional e sentimental, imprimindo em si próprio características
egoístas, pessimistas e inferiores; ou
altruístas, otimistas e superiores, nos planos energéticos mais sutis. A
atitude mental de cada indivíduo é o fator principal que determina, tanto o
estágio evolutivo pessoal, quanto o global. É a mente que molda todas as
formas, nas diversas manifestações dimensionais de vida no Universo. É através
da mente que o espírito, ou consciência plena, comanda todas as funções
orgânicas, biológicas e morfológicas do corpo humano. Portanto é possível
compreender a importância do papel da mente na saúde do homem, bem como em seu
estado de harmonia e crescimento espiritual. Como a mente é uma manifestação
não-física do indivíduo, podemos constatar que toda a realidade do mundo é
além-física.
Através
do corpo material, ou corpo carnal, somatizamos os impulsos desarmônicos provenientes
de nosso espírito imortal. Por descida vibracional através dos diversos níveis
e subníveis dos outros corpos de energia mais sutil, esses focos de desarmonia
são expressos em doenças, desajustes mentais e emocionais, desordens
psicológicas e comportamentais. São o efeito, cuja causa é proveniente do
espírito em desajuste. A saúde, portanto, será proveniente da harmonia e
equilíbrio entre a consciência e as Leis Maiores que regem a Vida.
O primeiro e principal motivo de desajuste da
consciência, pano-de-fundo de todo e qualquer problema que aflige o homem, é o
MEDO. E o medo é o sentimento de estar abstraído do TODO. Para nos livrarmos do
medo, precisamos definitivamente compreender que o Universo é um Holograma. Na
visão holística, somos parte do TODO e também O TODO. Ou seja, estamos todos
interligados, embora na realidade sejamos consciências individualizadas, mas
não separadas do TODO. Passamos então a compreender que, como indivíduos
integrantes do TODO, devemos respeitar e aceitar o que os nossos irmãos
semelhantes experienciam. A censura contra a experiência alheia promove a
crença egoística da separação. Cremos,
inveridicamente, que somos identidades separadas, alheias à responsabilidade para com a realidade maior, e para com a
realidade de nosso próprio semelhante. Todo aquele que permanece com a
falsa crença de ser um SER à parte, acaba promovendo o desenvolvimento do MEDO,
e acaba se tornando vítima de si mesmo.
O
medo e a vitimação sustentam, então, a ilusão da impotência. Começamos a crer
que somos aquilo que não somos. Estamos
em desequilíbrio, pois esquecemos de quem somos, de nossa real identidade e
valor na Vida Atemporal. Este desequilíbrio interno promove a doença. As falsas
crenças criam “máscaras de personalidade”, que estão em desarmonia com os
fluxos de energia natural, ou seja, com o seu verdadeiro Eu, ou alma. Assim, a
doença é o confinamento de uma identidade irreal, dentro das definições
limitadas do EU.
Na
realidade, a mente vaidosa atribui-se de disfarces com a intenção de esconder
suas próprias imperfeições, ou exacerbar qualidades que ainda na foram
realmente desenvolvidas e conquistadas, e sim, fantasiadas. Cria-se então um
impasse entre o Eu “criado” e o EU “verdadeiro”. O indivíduo deseja e ambiciona
o progresso, porém se torna impotente para a sua realização.
Porém,
quando o indivíduo passa a compreender que é parte do TODO, embora ainda
indivíduo, passa a assumir a responsabilidade sobre sua própria autocriação, ou
auto concepção. Passamos a nos aceitar da forma que realmente somos, e é aí que
realmente desenvolvemos o PODER. O poder que vem do mais profundo interior para
criar, e corrigir, a sua própria
realidade, promovendo em consequência, a correção da realidade externa.
O poder de curar a nós mesmo é entender o poder da palavra perdão...
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